kit de alimentação portátil

 

Desenvolvimento de um kit voltado ao serviço e consumo de refeições fora do ambiente doméstico, para a disciplina AUP 475 – Modelos Físicos para Desenho Industrial. Tendo como princípio fundamental a otimização de espaço através de formas complementares, as peças foram projetadas compondo uma mesma família e com a preocupação de serem ergonômicas. Várias técnicas e materiais foram explorados para atingir os modelos de aparência finais e protótipo da peça cerâmica (prato fundo). O trabalho permitiu, de forma bastante prática, a experiência do processo de desenvolvimento de peças desde a concepção até a produção das mesmas, feita em laboratório na faculdade.

Publicado na revista do departamento de Projeto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP – 1º semestre de 2011.

 

Beatriz Mickle

+ Mariana Yovanovich│Luiza Ho│Tissa Yokota

AUP 475 – FAU USP

2010

estudo para parque

 

Exercício projetual de um parque para terreno hipotético, desenvolvido na primeira parte da disciplina optativa de Parques Urbanos. Nele, buscou-se explorar a conformação de espaços através das massas de vegetação, a modelação da topografia, a variedade de usos e do caráter espacial dos ambientes projetados.

Protagonista do parque, o elemento d’água estende-se ao longo do mesmo criando um sentido de percurso e assumindo diversas formas (espelho com fontes, quedas d’água, lago), ora permitindo a sua travessia, ora gerando pontos focais para contemplação.

 

Beatriz Mickle

AUT 659 – FAU USP

2011

jardim itajaçu

 

Projeto e implantação de jardins em residência no Pacaembu. A sinuosidade das linhas de canteiros e a exuberância das densas folhagens utilizadas caracterizam o projeto. Espécies aquáticas foram exploradas junto à piscina, enquanto rasteiras e massas de médio porte compõe a borda da escada e permeiam os vãos entre degraus.

A profusão de cores e texturas ajuda a dar profundidade ao jardim, à medida que as massas vegetais e desenhos de piso criam sub-espaços (patamar na escada, área da churrasqueira, área da piscina). As copas de palmeiras pontuam o espaço aéreo do jardim inferior, o qual pode ser visto do alto através das amplas janelas da sala.

 

 

Beatriz Mickle

+ Carolina Leonelli│Gabriela Tamari│Ruth Troncarelli│Fernanda Adams

⌈via Oficina2mais

parceria paisagismo: Thea Standerski

arquitetura: Elias Nagib Bouchabki

2013

pocket park

 

Estudo projetual de um pocket park sob o ponto de vista da Ergonomia, entendida aqui como o conjunto de fatores que contribuem para o bem-estar do ser humano num ambiente (dimensões, antropometria, cores, iluminação, acessibilidade universal, sensação de segurança, etc).

Partindo do conceito desenvolvido pioneiramente em Nova York no emblemático Paley Park, foi projetado um pequeno espaço livre público para um lote de São Paulo cercado por edificações ao fundo e nas laterais (formando literalmente um “parque de bolso”). A ideia de criar uma sensação de percurso ao longo do pocket park foi tomada desde o princípio como diretriz para convidar o pedestre a explorar o lote estreito e comprido. A diversidade de usos e configurações dos ambientes foi aliada ao estudo ergonômico do mobiliário e dos espaços projetados, visando sempre o conforto do usuário.

 

Beatriz Mickle

AUT 217 – FAU USP

2010

vamos juntos?

 

Finalista no Concurso Arte de Obra do Metrô de São Paulo, como proposta para ser graffitada nos tapumes de obra da Linha 8 – Lilás. A composição buscou explorar o tema lançado (metrô + sustentabilidade), propondo ao mesmo tempo uma reflexão sobre o modo cada vez mais individualista como muitos se deslocam nas grandes cidades atualmente.

 

Beatriz Mickle

Concurso Arte de Obra – 8° lugar  (6 premiados)

2013

centrifuga

 

 

CENTRIFUGA

Sinal verde. Pessoas, cores, luzes, sons, informações, sinais, compre já, buzinas, movimentos, passe, pare, respeite a faixa, pressa, postes, rastros, urgência, espere sua vez, pague em x vezes no cartão, prédios, fluxos, altura do céu e do abismo, carros, casos, cascos, coisas, pessoas que são coisas, coisas que valem mais do que pessoas, rotinas, banalidades, café e cervejinha, é pra levar ou vai comer agora, tempo, chuva, filas e mais filas, jornada, jornal, grafitti, risos, rodas, rosas, leva uma pra me ajudar, asfalto molhado, sirene, olha a fruta, cheiros, troco, traço, troço, agora é tudo um real, será que isso foi um pássaro, conversas, concreto, restos de noite, fios, ofuscamento, multidões, multidões… multidões sem fim indo a lugar nenhum. Sinal vermelho.

A vida numa metrópole como São Paulo torna-se cada vez mais caótica e vertiginosa. Diariamente somos bombardeados por uma infinidade de estímulos dos quais muitas vezes não nos damos conta. O que conta é o compasso da rotina, é o chegar na hora, o estar lá. Mas o que acontece entre o aqui e o lá?

Experiências corporais passam despercebidas. Achamos estranho esbarrar em alguém na rua, mas não estar em pleno contato com várias passoas num trêm lotado na hora do rush. Levar 4 horas por dia apenas se deslocando de um lado a outro da cidade parece normal. As artérias de São Paulo não suportam mais o número de veículos. Em suas veias corre fumaça e caos. Os sons se misturam, compondo barulho. As cores se movem rápido, transformando-se num borrão cinza. As pessoas são tantas que parecem todas iguais. Você é apenas mais um.

Centrifuga traz uma visão crítica de nossa realidade metropolitana. A captura de movimentos cotidianos na cidade numa rotação contínua, como de uma centrifugadora, estabelece não só uma analogia à vertigem que a presença em meio à multidão de pessoas e estímulos nos causa, como também faz referência à mecanização de nossas vidas. Como substâncias de densidades diferentes, somos separados de nossa posição de urbanitas alienados por nossa rotina (“apenas mais um”) e passamos ao posto de espectadores. Nessa fuga propiciada pela deriva urbana, percebemos o quanto se passa entre uma rotação e outra. Percebemos a variedade de situações às quais somos expostos na cidade: o colorido das frutas na feira, as diferentes paisagens urbanas, as luzes noturnas, a calma dos parques, o caos das ruas comerciais. Percebemos o sufoco em meio à multidão que enfrentamos diariamente em nossos deslocamentos e, principalmente, a insustentabilidade dessa condição.

Através da experiência com a disciplina AUP 369 – Poéticas da Deriva Urbana, buscamos enxergar a cidade com outros olhos. O produto final busca condensar na forma de vídeo nossas percepções mais aguçadas da deriva, enquanto forma de explorar sensorialmente o meio urbano. Trata-se de uma rara pausa para a reflexão – já que, diferentemente de uma centrífuga, a vida na cidade não pára de girar.

 

Finalista na categoria Artes Visuais no 21° Programa Nascente e exibido no Centro Universitário Maria Antônia.

 

Beatriz Mickle

+ Amanda Raimondi│ Luís Fernando Tavares

AUP 369 – FAU USP

2012

apartamento santana

 

Projeto de interiores para apartamento de 56m2 visando maximizar o espaço através do layout e marcenaria desenhada sob medida. A escolha de palheta de cores neutras e claras, conjugadas ao uso de elementos como vegetação, quadros, espelhos e iluminação pontual conferiram ao ambiente um caráter leve e aconchegante. O projeto contemplou também a sugestão de revestimentos, louças sanitárias e peças de mobiliário e decorativas contemporâneas e de linhas delicadas.

 

Beatriz Mickle

status: em obras

2015